Apesar de constar na convenção coletiva feita entre o Sindicato dos Trabalhadores no Comércio e o Sindicato do Comércio Varejista de Apucarana, funcionários do comércio apucaranense não concordam com a abertura das lojas amanhã até às 22 horas. É o primeiro ano que o comércio vai funcionar em horário especial por causa da data.
A programação prevê funcionamento, além da sexta-feira até às 22 horas, a abertura no sábado até às 18 horas. Na segunda-feira e na terça-feira, Dia dos Namorados, o horário de atendimento não será alterado.
A vendedora Vanilda de Lima Lopes, que trabalha no comércio há 30 anos, acredita que a data não demanda atendimento em horário especial. “Não é uma data de grande volume de vendas. A abertura no Dia das Mães até entendemos, mas Dia dos Namorados não se justifica. Podemos não conseguir a alteração, mas queremos que fique registrado o nosso protesto”, diz.
Ela e a gerente Elaine Godoy, que encabeçaram o movimento, até ontem no início da tarde haviam conseguido pouco mais de 100 assinaturas. Elaine defende que é inviável a abertura. “Não paga os custos de manter a loja aberta, como hora extra e janta. Com movimento baixo, aumenta ainda o risco de assaltos”, assinala.
Outra trabalhadora do comércio, que prefere não ter o nome revelado, entende que a abertura não vai gerar diferença no volume de vendas. “É exploração. Sabemos que o fluxo de cliente será baixo. Penso que deveríamos ser ouvidos na assembleia antes de definir as datas de abertura”, propõe.
A mobilização dos funcionários do comércio tem apoio até de clientes. “É um absurdo. Não tem necessidade das lojas ficarem abertas até às 22 horas. Todo mundo precisa de tempo para cuidar da família, principalmente as mulheres, que acumulam o papel de mãe e profissional”, diz a dona de casa Florides Cerante, 58 anos, de Apucarana.
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