Desde o final de maio, cerca de 25 alunos estão aprendendo a Língua Brasileira de Sinais, conhecida como Libras. O diferencial é que a turma é formada por alunos, digamos, “especiais”: são policiais militares e guardas municipais de Apucarana, que estão aprendendo a se comunicar com deficientes auditivos e assim estarem mais preparados para a interação com a comunidade.
Renan de Bastos Andrade é o professor que ensina a linguagem de sinais aos quatro membros da Polícia Escolar, oito guardas municipais e 13 policiais militares. Ele é formado em Artes Visuais, possui pós-graduação em Libras, e é deficiente auditivo. Com o auxílio da intérprete Talita Ranéia, ele repassa seus conhecimentos para os alunos.
Segundo ele, esse é um curso rápido, de 20 horas totais, voltado para as necessidades dos agentes. Por isso, o plano de aulas é diferenciado, ou seja, adaptado à realidade de quem combate o crime.
“Profissionais nessa área são raros, por isso o curso é tão importante”, afirma o guarda municipal José Cláudio dos Santos. De acordo com ele, a coleta de informações é parte essencial para o trabalho dos oficiais. Por isso, saber se comunicar com essa parcela da comunidade torna-se primordial.
Ana Regina Sebrian, policial militar, assinala que deficientes auditivos possuem particularidades e os oficiais precisam adaptar-se. “É um público com características próprias. Por isso, nós precisamos nos moldar para compreendê-los. É como aprender inglês”, compara ela.
Aulas para a comunidade externa da instituição também são ofertadas em outros dias da semana. Os cursos são gratuitos. Mais informações pelo telefone (43) 3425 6460.
Nenhum comentário:
Postar um comentário